A Direção Institucional d'A Primeira Vítima vem lamentar a truculência e arrogância com que a Polícia Militar de São Paulo recebeu nossa reportagem na Avenida Paulista – por sinal, cremos, a única que lá esteve –, durante as comemorações do último título do São Paulo Futebol Clube. Confundidos com membros de torcidas organizadas, os repórteres deste veículo, um símbolo da luta pela liberdade de imprensa e pela democracia no Brasil, foram revistados como se fossem cidadãos comuns. Mais tarde, ao procurarem levar ao público a emoção vivida pelos torcedores do São Paulo que nada tiveram a ver com as atitudes de vandalismo impetradas por alguns poucos, a reportagem foi molestada com bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral.
A primazia da condição de repórter sobre a vida comezinha da cidade, bem como as boas relações mantidas por este veículo com o Governador do Estado, de nada adiantaram. A Direção Institucional d'A Primeira Vítima espera que, da próxima vez, ao menos coletes à prova de bala e coxas de galinha sejam disponibilizadas àqueles que exercem o heróico ofício da reportagem nas ruas da capital paulista. E que uma sala de imprensa, minimamente equipada com assessores e ar-condicionado, esteja à disposição. Ciente da gravidade da situação, e em consonância com a amizade que este e os demais veículos nutrem pela unívoca versão policial, subscreve.
A Direção Institucional.
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