Acossados pela criminalidade galopante, cidadãos de bem mostram a cara para reafirmar seus direitos
Uma comportada manifestação da Associação Brasileira dos Cidadãos de Bem (ABCB) em ciclovias de São Paulo — para não atrapalhar o trânsito — festejou a vitória do "não" no referendo sobre as armas. Esse segmento ordeiro da sociedade civil, um dos mais ameaçados pela falaciosa consulta popular, está aliviado em ver mantido seu direito inalienável de meter bala em quem lhe der na telha.
"Já estava sem saber o que fazer se proibissem de carregar meu rifle. Aqui pra esses lados tem de tudo: ladrão, bicho e até sem-terra. Um perigo", disse à Primeira Vítima um grande proprietário de terras e dono de universidade no Oeste Paulista que não quis se identificar.
Segundo a ABCB, o número de cidadãos de bem tem caído muito nos últimos anos, e os poucos que ainda restam vivem aprisionados em suas casas devido à crescente marginalidade. O uso de armas, muitas vezes, é a única forma de essas pessoas saírem para o trabalho ou andarem nos parques, após alvejarem os costumeiros bandidos à espreita.
"Olha, a gente tem que matar um ladrão por dia nessa cidade para sobreviver", afirmou um cidadão de bem popular, que durante a passeata portava sua Beretta, dando tiros para o alto de felicidade. "Essa resposta do povo brasileiro merece uma salva de balas", completou, descarregando o tambor.
O sucesso do referendo empolgou tanto o presidente do Tribunal Superior e Maioral (TSE), Cláudio Vezozzo, que o magistrado pretende repetir o evento de quatro em quatro anos. "Foi uma coisa fantástica, que uniu todos os povos deste País. Vamos fazer um grande espetáculo para o Referendo 2009", declarou.
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