quarta-feira, 15 de março de 2006

Alquimim apresenta candidatura a presidente e, pasmem, já começa a governar

Logo após anúncio, futuro ex-governador de São Paulo pôs seu capacete, subiu num trator e foi recapear algumas estradas

Da assessoria de imprensa (colaborou Gabriel Chabita)


Na ânsia por trabalhar, Gerardo quase atropelou correligionários com trator

O sempre trabalhador, careca e ex-membro da Opis Deu Gerardo Alquimim ganhou o braço-de-ferro que vinha travando com o prefeito Zozé Cerro e foi anunciado ontem como candidato a presidente pelo Peessedebê. Exultante, o futuro ex-governador de São Paulo disse que irá priorizar o trabalho caso seja eleito para o Palácio da Planície. Gerardo – nome que Alquimim adota em campanhas eleitorais para "ficar mais perto do povo" – repetiu alguns clichezões em seu primeiro discurso como candidato, mas, ainda assim, foi aplaudido, principalmente pelos jornalistas.

“Acima de tudo, sou um homem temente a Deus, e sei que só o trabalho enobrece o homem. O trabalho é a chave de tudo. Ele que proporciona o equilíbrio da família, que faz com que eu possa me barbear tranqüilo na hora em que acordo, às três da manhã. O trabalho é meu combustível, minha droga, minha amante, minha vida. O segredo é pegar no batente, sem preguiça. Quero ser um instrumento de Deus para honrar o povo com muito trabalho”, disse Gerardo, com lágrima nos olhos.

Logo após o anúncio de que seria mesmo candidato a presidente, Gerardinho – como é conhecido em Pindamonhangabadahnagabada, sua cidade natal – surpreendeu os jornalistas. De posse de seu inseparável capacete, subiu em um trator e quase atropelou alguns correligionários na ânsia por começar a trabalhar. Prontamente, pediu desculpas e disse que estava “pronto e preparado para governar", anunciando que já recapearia "uns bons 30 km de estradas".

“Não podemos perder um só minuto, não dá pra ficar esperando o metrô passar, o governo começa hoje. Amanhã, por exemplo, já estarei encaminhando ao Congresso Nacional um projeto sobre a reforma universitária, vamos privatizar tudo. E é bom que o Lulla e Narisa já desocupem o Palácio, porque a minha mulher, a Lulu, já quer ajeitar a nova decoração e instalar umas fábricas daquelas padarias que ela vem administrando”, disse o futuro ex-governador, orgulhoso da esposa, também trabalhadora.

2 comentários:

Anônimo disse...

Hahahaha, tô passando mal de rir aqui! :P

Anônimo disse...

Fantástico, Alho! Tava precisando!