Ação das forças da periferia teve mais uma vez como objetivo símbolos do poder instituído
Cláudio Machola*
Do Capão Redondo
A madrugada de hoje assistiu a mais uma ação organizada das forças da periferia, que atacaram com sucesso a sede do Ministério Popular (MPp) Estadual, no centro de São Paulo. Lá, onde os distintos representantes da Justiça ganham dez, quinze vezes mais que a patuléia e legislam em causa (da verba) própria.
A precisão foi cirúrgica. Atuando de forma profissional, as forças do PCC (Pacificadores Contra o Capital) atiraram um artefato de última geração caseira contra a entrada do Ministério, na rua Renner. A explosão destruiu a fachada, e nenhum representante da classe média paulistana, que até trabalha honestamente —embora cultive o conforto perigoso da riqueza fútil e da opulência—, ficou ferido.
Outro ataque contra alvo militar ocorreu no Peid, instituição de investigação e conluio com o crime da zona norte da cidade. Dois carros foram incendiados. Além disso, como parte da operação para livrar a cidade do poder institucorropido, três postos de gasolina de bairros nobres —aqui, não da classe média, mas do pessoal que circula em Toiotes, Rondes e carros de mais de R$ 60 mil, o que equivale de três a quatro salários dos nobres representantes do Ministério Popular ou o que um representante da arraia miúda ganha em toda a vida— foram atacados.
Ônibus e bancos, alvos que também representam setores empresariais que lucram com o populacho, também foram incendiados. Mas segundo a assessoria de gabinete de Michael Muimacho, líder do grupo pacificador, os ataques a ônibus devem ser interrompidos em breve — um acordo com sindicatos dos funcionários de ônibus e metrô de São Paulo deve liberar as catracas para que a choldra circule livremente pela cidade, sem a necessidade do bilhete único. A proposta, de acordo com a assessoria de Muimacho, é que a verba hoje alocada para os salários dos representantes do Ministério Popular custeie o transporte coletivo na cidade.
A assessoria de Muimacho também negou as duas mortes noticiadas hoje pela manhã pelas redes de televisão. "O poder institucorrompido divulgou informações tendenciosas para prejudicar e apavorar a população. As forças da periferia não atacam seus pares." Nota oficial da organização também acolheu a participação das Forças Desarmadas nas ações do poder institucorrompido, já que o fornecimento de armamentos aos integrantes das forças da periferia seria ampliado.
*Cláudio Machola é correspondente internacional d'A Primeira Vítima no Capão Redondo
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