sábado, 24 de janeiro de 2015

Marqueteiro Tião Santana Quantum admite que estratégia de comunicação do Governo está equivocada


O Marqueteiro Tião Santana Quantum ganhou fama no Brasil por eleger duas vezes a Presidenta Zilma Youssef e proporcionar vitórias MAIÚSCULAS ao Partido do Traidores. Uma vez reeleita a Presidenta, Santana Quantum afastou-se do Governo e passou a dedicar-se a outros projetos de poder. Em entrevista exclusiva ao Primeira, o marqueteiro critica a atual estratégia de comunicação do Palácio da Planície, admite ter cometido equívocos na condução da última campanha e revela que a verdadeira razão de seu rompimento com o PT e com Youssef foi o fato de a Presidenta ter-se recusado a seguir seus conselhos de que ela deveria ficar calada para sempre. 

A seguir, os principais trechos da entrevista de 27 horas concedida por Santana Quantum ao repórter Zurick Spantus nas Bahamas, para onde o marqueteiro viajou para visitar um caixa eletrônico.

APV: Sr. Marqueteiro, certos líderes dos Traidores insinuaram que sua ruptura com o Governo deu-se porque o Partido concluiu que seu trabalho não passa de uma farsa...
TSQ: Bom, eu acho até engraçado que gente como os Traidores tenham coragem de chamar alguém de farsante, ainda mais sabendo que essa é justamente minha profissão. Mas já está na hora do povo brasileiro saber de uma vez por todas porque deixei o PTr. A verdade, mas a verdadeira mesmo, é que a Zilma se recusou a aceitar a melhor recomendação que eu lhe dei, logo após a eleição. E eu não aceito não como resposta. Só trabalho para quem acredita 100% nas minhas farsas e fraudes.

APV: E qual foi essa sua recomendação?
TSQ: Antes de contar, eu preciso explicar que, no meu campo profissional, não há espaço para o que as pessoas imaginam. Elas acham que nós trabalhamos com talento, intuição. Os marqueteiros bons de verdade trabalham com ciência. Gastamos fortunas com pesquisas para saber o que o povo quer ou não quer ouvir. Analisamos experiências de farsas do passado e também de outros países. Quando chegamos a indicar um caminho, é porque ele é certeiro; trata-se da melhor farsa possível. E foi isso que eu sugeri à Zilma uns meses atrás.

APV: E você não vai nos contar o que foi, homem?
TSQ: Eu disse pra ela que o certo era que ela não falasse nunca mais. Avaliando todos os cenários, tive, há alguns meses, a epifania de que a política dos discursos morreu, tal como já havia morrido antes a política do diálogo. O futuro é a Política do Silêncio. E a Zilma tem todo o talento para surfar essa onda. Todo mundo sabe que ela é uma mulher "pós-discurso". Parece uma adolescente da era dos chats, não fala uma frase inteira.

APV: E ela simplesmente se recusou a te ouvir?
TSQ: Na verdade, eu acho que fui boicotado pelos caciques tradicionais do Partido dos Traidores. Eles são gente muito conservadora. Obcecados com a política do discurso. Não entendem que isso está acabando. Que Hugo Chapolim e Fiel Castrado ficaram no passado. Até a Viuvina do Kirchner, na Argentina, já está deixando o discurso de lado, e experimentando comunicar-se só pelas redes sociais. É um sinal dos tempos.

APV: Se está tão convencido de que está certo, por que não brigou por suas ideias e enfrentou o PTr?
TSQ: Quem disse que eu não fiz isso? Quando me fecharam a porta, eu tentei entrar pela janela, meu amigo. Disseram que a Presidenta tinha que continuar se comunicando. Eu respondi: tudo bem, mas só se for exclusivamente pelo Twitter. Eles quase toparam, mas aí um deles se deu conta da minha artimanha. Ele disse: "Peraí, mas no Twitter só entram 140 caracteres!". E eu retruquei: "exatamente". E ele devolveu: "Mas a Presidenta começa todas suas frases com ´Em primeiro lugar, eu gostaria de... Oh, meu querido...´ Só isso já são quase uns 60 caracteres. Não sobra espaço para falar nada depois disso." O cara não entendeu que era justamente essa minha ideia, não deixar ela falar nada.

APV: E o que o político que não fala nada ganha?
TSQ: Tudo! Como é que vão chamar de mentiroso o cara que não disse nada? Como é que vão cobrar suas promessas? Na minha terra, tem um ditado que diz que o peixe morre é pela boca! Essa estratégia é infalível. Até um tempo atrás, a gente fazia pesquisas de opinião e apurava que as pessoas queriam ouvir coisas que os políticos profissionais não querem fazer, como governar, procurar melhorar o país etc. Aí, os caras diziam isso. E gente contava que o povo esquecia. Mas as pesquisas mais atuais revelam que uma parcela crescente da galera resolveu começar a lembrar.

APV: Quantos lembram?
TSQ: Minha última enquete indica 12%, portanto algo entre 5 e 19%, considerando a margem de erro de 7 pontos para mais ou menos. E esse numero tá aumentando. A gente imagina que em 4 anos, na próxima eleição, Já poderá estar entre 10 e 24%.

APV: E os Traidores nessa história?
TSQ: Minha opinião profissional é de que eles estão fudid...!

APV: E agora que o senhor perdeu a boquinha dos Traidores, pretende fazer o que da vida?
TSQ: Por agora, pretendo escrever um livro de memórias, plantar umas árvores, lavar um dinheiro e curtir minha família. No futuro, pretendo trabalhar pro Gerardo Aidimin. Acho que ele é um cara que sempre teve um potencial imenso para a Política do Silêncio. Tem isso instintivamente. Ganhou 44 eleições sem falar nada! E agora parece estar precisando de um conselho. Está louco! Resolveu admitir que falta água! Tá provado que o que a população de SP e do mundo não quer ouvir noticia ruim. Dos políticos, eles preferem é não ouvir nada. O cara sabe disso, mas parece que cedeu a seus instintos mais primitivos de político. Resolveu aparecer! Tem cabimento? Quando político se assanha, resolve mostrar a cara, assumir qualquer responsabilidade, é quando ele mais precisa de ajuda profissional. Tá perdido!

2 comentários:

Annie disse...

Ahahahahahahahah sensacional! ;)

Anônimo disse...

Muito bom!!!