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O ex-bilionário antes e depois da fraude descoberta pela procuradoria |
DOS PORTÕES DE BANGU 9 X POLÍCIA 0
Além de ter garantido uma dorzinha de cabeça judicial por conta das peripécias financeiras com o ex-governador do Rio de Janeiro e atual preso, Sargeta Escambau, o ex-bilionário e atual presidiário (não dava pra perder a rima) Fake Fraudista terá novo probleminha por conta do próprio cocuruto (pare de rir e vá procurar no dicionário o real significado da palavra; não é o que você está pensando...).
A procuradoria – como bem esclarece o nome – procurou e não
encontrou qualquer vestígio capilar original de fábrica no novo visual (fala a verdade,
hoje eu tô terrível no encaixe das rimas, não?) de Fake Fraudista pós-raspagem
na barbearia de Bangu 9 X Polícia 0, hospedaria onde ele se encontra atualmente,
na zona oeste do Rio.
“Fake também responderá por falsidade capilar, crime já
tipificado pelo nosso honroso código penal-sensacional”, explicou com
exclusividade À Primeira Vítima um
procurador do Ministério do Respeitável Público, que pediu para não ser
identificado por estar justamente, veja você, com as longas madeixas despenteadas.
Veia literária
O novo visual do ex-bilionário chocou a nação, que acompanha
com especial interesse os desdobramentos da prisão de um sujeito que
autografava livros sapecando um X na dedicatória – segundo ele, marca garantidora
de prosperidade financeira – e deixava uma singela nota de um dólar dentro do
exemplar para seus leitores.
“Empresário de visão, FêFê – como é conhecido na sua
intimidade – foi o pioneiro a oferecer desconto em dinheiro vivo pela própria
obra e, melhor, em dólar! Tá explicado o sucesso dele, pelo menos no ramo
literário...”, resume o professor de assuntos editoriais e financeiros da Fundição
GV Armarinhos, Robert Mor Horelhãns.
O pai do ex-atropelador Thora recheia o conteúdo de quatro obras monumentais: “O X-Tudo da Questão”, “Fake Fraudista e o X-ovo da Questão”
(numa clara premonição do porvir), “O X-9 da Questão – a trajetória do maior
empreendedor do Brasil” (este causando particular apreensão no meio político
nacional), e “Tudo ou Nada”, guia de autoajuda – sem questão aparente – para
quem queira seguir os passos de FêFê e dar com a cara nos portões de Bangu 9.
Eike Fraudista foi considerado o homem mais rico do Brasil, o
mais inteligente e, pasme, dependendo do nível de miopia, o mais “bunitão” do
nosso país varonil, segundo a revista “Fodex”.
O ex-empresário fez reserva de
quarto em Bangu 9, confirmando o check-in ao desembarcar no Rio nesta
terça-feira (30) vindo de Nova Iorque, e seguindo, após escala em outra
hospedaria, para lá sem direito a uma cobertura capilar postiça. “E que não saía
tão cedo daí”, ouviu a reportagem enquanto chorava um cachorro quente fiado com
o tiozinho recém-instalado em frente ao novo endereço de Fraudista. “Pretendo
multiplicar as vendas”, detalhou o futuro empresário, no caso, o tiozinho mesmo.
“O lanche estava uma delícia!”, garante a reportagem.
Cabeleira do Zezé
APV apurou que os principais blocos do Rio e São
Paulo pretendem homenagear este ano o atual presidiário com
temais musicais outros carnavais. A mais lembrada, claro, é “Cabeleira doZezé”, marchinha vintage sucesso no país inteiro em dias de “quanto riso, oh,quanta alegria / mais de mil palhaços no salão”.
“Precisaremos fazer apenas uma
modificação pontual: sai o ‘Zezé’, que a gente não faz a menor ideia de quem
venha ser esse sujeito, e entra o FêFê”, antecipa À Primeira o presidente do
bloco “Pavilhão Nove e Associados”, José Berimbau Mor Horelhãns.
Outra homenagem também será a disseminação da tradicional
máscara de plástico. “Para satisfazer a toda a nossa clientela, disponibilizaremos
ao consumidor a versão capilar completa e a atual, lisinha, lisinha”, relata
Carlos Carlos Mor Horelhãns, dono da principal rede fabricante do adereço
carnavalesco.