terça-feira, 26 de julho de 2005

Polícia britânica mata, mas não estupra

Ex-corrupto comenta a morte do brasileiro em Londres

Do enviado especial ao British Museum
Com agências internacionais

O uso do adversativo ganhou força neste domingo, quando as autoridades britânicas lamentaram publicamente a morte do brasileiro confundido com um fanático destruidor das liberdades ocidentais. “Nós lamentamos a morte, mas precisamos entender que nossa polícia trabalha em condições difíceis”, declarou o chefe da Scotland Yard (Quintal Escócia, de acordo com o tradutor de plantão na redação de Primeira Vítima). O Primeiro Ministro britânico, Rony Clair, seguiu a mesma linha: “peço desculpas pela morte de um inocente, mas nossa polícia agiu corretamente”, defendeu.

Desde os atentados que atingiram o famoso London Tube (o tubo londrino), o Quintal Escócia vem trabalhando sob forte pressão. Além das horas de trabalho, os comissários precisam comparecer a um difícil curso noturno que procura instruí-los sobre as sutis diferenças entre os radicais islâmicos e os migrantes latinos.

De passagem pela cidade do punk, o ex-prefeito de São Paulo, ex-candidato à presidente e ex-acusado de corrupção Maulo Paluff, criticou a atuação do Quintal Escócia. “A Grã-Bretanha é muito grã-fina, por isso aqui não há Rota na rua”, disse. “A polícia é educada. Não tortura, não cobra propina e nem estupra. Mas mata”, comparou. De acordo com Paluff, a polícia paulista é mais coerente, pois “em São Paulo se pode pular a catraca do metrô à vontade”.


O repórter viajou à convite de agências de turismo

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