quinta-feira, 11 de agosto de 2005

Diretor do Sintup abre o jogo sobre o esquema

Mandão: “Dinheiro do minimão vinha em estojos”

Da barraquinha de pastel em frente ao Sintup

Os R$ 300 que serviam de mesada para alguns representantes do PD e do PMI no Conselho Unilaterário (CO ou CU, como preferir) eram entregues durante as próprias assembléias ordinárias da entidade em estojos escolares, “a título de ‘brinde’ para os participantes”, afirmou, em nova entrevista à repórter Julinha Botelho, de A Primeira Vítima, Clecionor Mandão, um dos diretores do Sindicato dos Trabalhador da UP (Sintup) e presidente do Partido dos Funcionários (PF).

“O operador do minimão é o Pecúnio, mas quem tem a missão de fazer a entrega do dinheiro em espécie é um tipo de ‘laranja’, um servidor de biblioteca chamado Giberto Almérico. Ele passa em cada bancada do plenário e entrega o estojinho escolar, que foi apelidado de ‘material de apoio’”, disse Mandão.

O dirigente pefista detalha ainda que o montante vinha em uma nota de R$ 100 e quatro de R$ 50, etiquetadas pelo Banco Econômico (já falido) e pela Tesouraria/Costuraria da Escola de Cooptações Com Arte (ECA).

Mandão voltou a afirmar que três dos quatro pró-reitores da USPi (sem especificar quais) e o reitor Aroldho Delffi já tinham conhecimento do minimão desde janeiro deste ano. O presidente do PF inclui na lista o presidente do PP, S. C. Sfirra, que teria sido o homem do “sinal verde” para que Pecúnio coordenasse o envio das mesadas aos representantes.

Até o fechamento desta matéria, S. C. Sfirra não foi encontrado nem pela reportagem de A Primeira Vítima e muito menos pela secretaria da ECA. Os demais acusados afirmaram que ainda não vão se pronunciar sobre as fortes denúncias de Mandão.

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