Escolha do padrão japonês desagrada dotados de mais recursos

Para executivo, "vai ficar tão apertado que mal vai caber a cabeça dos programas"

Do enviado especial

O presidente Lulla decidiu que o Brasil adotará o padrão japonês de TV digital, segundo anúncio feito hoje pelo porta-voz telepático-protocolar do governo, Tenedy Alenkar. Apoiado no ditado segundo o qual ‘mulher gosta de dinheiro, quem gosta de pinta é bicho’, Lulla aproveitará as celebrações do Dia Internacional da Mulher para oficializar sua decisão.

Após meses de duras batalhas entre japoneses, americanos e europeus, o governo optou pelo primeiro por avaliar que traz mais vantagens ao país, apesar de causar desconforto às grandes emissoras. Elas precisarão encurtar a programação para fazê-la caber no novo formato. Por isso, a notícia foi recebida com críticas intensas daqueles dotados de mais recursos. Ali Camels, por exemplo – executivo responsável pela Rede Blobo–, deu um soco na mesa ao ouvir a informação.

“Vai ficar tão apertado que mal vai caber a cabeça dos programas. O ‘Domengão do Foustão’, por exemplo, não entra nesse padrãozinho de jeito nenhum”, diz o executivo. “A escolha não levou em conta que o brasileiro é um homem tropical”, completa. A decisão também foi contestada pela Federação Nacional de Peluqueiros e Perueiros (FNPP).

“Eles criticam porque não sabem que, na reta final, o desempenho é muito mais importante que o comprimento”, justifica Alenkar. Segundo ele, a prioridade do país é abrir mercados na região asiática. “Agora o brasileiro vai parar de só querer folga e vai aprender a se adaptar”, garante.

Japonês-padrão
Escolhido o padrão japonês, a Cecom (Centro de Comunicação Estratégica do Governo) lança agora o ‘concurso japonês-padrão’ para determinar o garoto-propaganda do novo modelo. “A idéia do concurso é mostrar que apesar sermos todos iguais, alguns japoneses são ainda mais iguais que os outros”, explica o ex-secretário, ex-japonês e ex-núcleo duro Louis Gouchiken.