quarta-feira, 8 de março de 2006

Soldados no Rio sofrem ataques e corporação responde à altura

Ação foi rápida e serviço de inteligência já tem pistas dos autores; Ministro expressa apoio incondicional

Por Olvídio Mor Horelhãns, fãsão do Rambo

Dois soldados do Exército sofrem um ataque de choro após dois menores os chamarem de “bobo” e mostrarem a língua. A ação aconteceu na portaria de um quartel no Rio de Janeiro – aquele mesmo, onde assaltantes saíram pela porta da frente com dez ursinhos de pelúcia roubados dos recrutas.

Testemunhas disseram que os elementos agiram rápido. “Os dois soldados estavam nas guaridas quando um dos meninos parou em frente, olhou fixamente um deles e disparou um ‘bobo’”. Ainda segundo o relato de testemunhas, o outro agressor mostrou a língua para o que estava na outra guarida.

A reação foi imediata: os dois soldados saíram de suas posições, sentaram no chão, retiraram o capacete e começaram a chorar copiosamente, narra uma das testemunhas empolgadíssima. Segundos depois, chegava ao local o supercomandante do Espanto Militar do Leste (EML), Ordens são Ordens Albuquerque Lins.

O supercomandante não agüentou a cena. Deu colinho aos dois subalternos e decidiu iniciar a caçada aos meliantes. “As tropas ficaram muito sensíveis depois do roubo dos ursinhos. Essa ação de hoje foi covarde e vamos responder à altura.” Minutos depois nove morros cariocas estavam totalmente ocupados pelo que há de melhor das Forças Armadas.

Serviço de inteligência
A reportagem d’A Primeira Vítima teve acesso exclusivo a um relatório produzido pelo Serviço da Mais Alta Inteligência do Exército (SMAIE). Os papéis serviram de argumento para a corporação ocupar as favelas do Rio. A conclusão do documento é clara: “A ação foi realizada por dois indivíduos ainda não-identificados, com idade entre 4 e 6 anos, peraltas, ou seja, de altíssima periculosidade”.

O vice-presidente da República e Ministro da Defesa se Puder, José Divagar, disse que a corporação deve agir dentro da lei, mas com rigor. “Temos de ter serenidade diante de tamanha violência [a ação dos jovens], mas devemos mostrar quem manda na bagaça”, afirmou Divagar, já de saco cheio de ter de dar tantas explicações. Frisou ainda que está confiante na recuperação, “pelo menos”, dos ursinhos. Divagar tentou falar também sobre as altas taxas de juros, mas a reportagem não viu novidade nisso.

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