domingo, 17 de junho de 2007

“Vamu parti pras cabeças”, diz Reynan

Nova linha de defesa esclarecerá origem do dinheiro

Matilde – uma das depoentes desta segunda-feira

POR OLVÍDIO MOR HORELHÃNS
DO CURRAL LOCAL (não queria perder a rima)

Prova definitiva. A verdade verdadeira. O tira-teima. Sobram adjetivos para a mais nova aquisição jurídica do senador Reynan Acalhar (PMDBr-AL): um grupo de vacas irá depor no Conselho de Éter do Senado nesta segunda-feira. O objetivo é esclarecer de uma vez por todas a origem do dinheiro destinado a sanar uma peripécia extraconjugal de Acalhar.

“Vamu parti pras cabeças”, bradou Reynan após reunião com assessores em que ficou decidida a nova linha de defesa do senador. (“Que belo trocadilho!”, exclamou um deles.) O político tenta – na moral, é claro – afastar o mais longe possível quaisquer dúvidas sobre os seus modestos ganhos como humilde pecuarista.

Acalhar acredita que, se seus pares ouvirem o que têm a dizer as mimosas, estará resolvido o impasse sobre a origem do dinheiro para sustentar uma situação insustentável (nossa, esse trocadilho foi péssimo, admito).

A Primeira Vítima apurou que a linha de defesa adotada será a oitiva dos animais mais velhos do rebanho de Reynan. Não, não. Não se trata de colegas de parlamento e sim das mimosas. Os relatos trarão detalhes da venda de gado. Com isso, insistem os advogados, ficará provada a origem do dinheiro que garante o leitinho das crianças.

Entenda o caso, literalmente
O alagoano diz ter faturado uns troquinhos com a venda bovina nos últimos quatro anos. Nesse período, ele pulou a cerca. Fertilizou. E se estrepou. Prevendo um abatimento doméstico por conta do rebento extraconjugal, o senador chorou as mágoas a um velho amigo, o empreiteiro Craudio Sigilo, que prontamente o auxiliou.

Tocado profundamente pelo desespero do amigo, Sigilo passou a entregar mensalmente uma lembrancinha a uma senhoura que antes freqüentava com intensa regularidade o gabinete do político, Monyca Gostoso. A dúvida é se a prenda é bancada pelo empreiteiro ou pelo pai da criança, literalmente.

A Primeira também apurou que agentes da PF-G (Polícia Faz-Geral) ficaram excitadões com a riqueza de detalhes entre a conversa da senhoura e o político em ligações telefônicas captadas com autorização judicial. Numa dessas prosas, ambos se referem aos intensos momentos de interação sobre a mesa e o sofá do gabinete, para delírio dos ouvintes.

4 comentários:

Anônimo disse...

Excelente!

Anônimo disse...

Sensacional, hahahaha! :P

Anônimo disse...

Um relato sincero, detalhado.

Anônimo disse...

Olvídio, cherrrrrryyyy!!! Quanto tempo! Saudadinha de vc. Vcs andam escrevendo pouco por aqui e isso não pode acontecer. O blog precisa continuar.
Beijinho (vê se aparece né? saudade...) da sua sempre fã, Janis Jopli, modelo, promoter, socialite, atriz e mestranda.