Novo livro ensina o verdadeiro jornalismo para o jornalista que verdadeiramente procura a Verdade de verdade
Depois de inovar como o primeiro blog de jornalismo com Ombudsman, A Primeira Vítima novamente surpreende com a publicação do primeiro Manual de Redação para blogs: "O ABC d'APV".
Além de uma seção sobre a profissão do blogueiro, o Manual apresenta diversos conceitos que deveriam ter sido aprendidos nas faculdades de Jornalismo, mas que foram negligenciados para que o currículo apresentasse quatro disciplinas de teoria (?) da comunicação (?!?).
Entre os conceitos discutidos pelo Manual, estão a definição da Verdade, a explicação dos critérios que definem o que é notícia (Relevância, Proximidade, Impacto, Curiosidade, Interesse público, do público e espúrios), a diferenciação entre Lead e Nariz de Cera, os conflitos entre a realidade, a política e o salário-base do repórter, além da importância ética de sempre – S-E-M-P-R-E – grifar o nome do veículo em itálico.
O Manual é leitura obrigatória para os candidatos ao programa de traineemento da APV em Jornalismo Pragmático. Abaixo, um excerto do oitavo capítulo, “Pautas, Editoriais e Jabás”:
Além das seções criadas pelo portal A Primeira Vítima - como Pinel de Primeira, Frases de Primeira, Jornalismo de Primeira e Fauta Palta – existem também divisões de editorias clássicas, adotadas por diversos jornais para recortar o real e encaixar nos espaços entre as publicidades, as ilustrações e os infográficos.
De modo geral, os jornais adotam como critério classificados a temática e a localização espaço-temporal do fato. A melhor forma de compreender as definições e os contrastes entre cada editoria é por meio de exemplos:
Se a notícia relata uma prisão, ela pertence à editoria “Geral”.
Se o suspeito foi preso em Brasília, é “Política”.
Se foi preso em ano par (2006, 2004, 2002 etc) é “Eleições”.
Se a prisão foi realizada fora do eixo Rio / São Paulo, é “Internacional”.
Se o preso participou do BBB, é “Cultura”.
Se é dirigente do Corinthians, é “Esportes”.
Se trabalhou pro Banco Santos, é “Economia”.
Se o preso efetivamente fica preso, deve ser um caso para as “Ciências”.
Se ele foge da prisão, não é notícia.
Para evitar a tendência à superficialidade (própria do jornalismo brasileiro não-oficioso), APV também procura propor, quando possível, enfoques diferenciados sobre temáticas como “Educação é a solução”, “A culpa é do governo” e “Falta vontade política”.
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2 comentários:
Adorei o "Se foi preso em ano par (2006, 2004, 2002 etc) é 'Eleições'".
Simplesmente sensacional!
Adorei também os conflitos entre a realidade, a política e o salário-base do repórter...
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