sexta-feira, 29 de julho de 2005

Dasloo vendia habeas-corpus falsificado

Mercadoria foi encontrada dentro de bolsas falsetas da Luis Vitão

Direto de São Paulo*

Uma nova operação da Polícia Federal (PF) realizada nas dependências da megastore da Dasloo no início da manhã desta sexta-feira apreendeu um carregamento de habeas-corpus falsificados provenientes do Paraguai. A mercadoria, que seria vendida para os próximos depoentes da CPI dos Correios, foi encontrada dentro de bolsas – também falsificadas – da Luis Vitão. A PF conseguiu interceptar o produto depois que recebeu uma denúncia anônima feita por Michael Jeffersson, deputado especializado em jogar merda no ventilador. Os policiais informaram que a loja estava vendendo habeas-corpus falsificados desde o início da atual crise política.

Procurado pela reportagem deste noticioso, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Jelson Nobim, lamentou o acontecimento e disse que tomará todas as providências cabíveis. “Isso não pode acontecer! Quem quiser um habeas-corpus tem que recorrer às lojas do STF espalhadas por todo o Brasil. É um absurdo falsificarem nossa mercadoria de maneira tão grotesca. Os habeas-corpus apreendidos, por exemplo, não possibilitavam que o depoente mentisse. Os nossos, apesar de mais caros, não apresentam esse tipo de defeito, e permitem que o depoente minta com conforto e se negue a responder as perguntas com absoluta tranqüilidade”.


Segundo informações divulgadas pela assessoria de imprensa da PF, os policiais já trabalham com a hipótese de que Trenilda Santiago, esposa do empresário mineiro e carequinha Calvus Valério, tenha se valido de um habeas-corpus falsificado para depor na CPI dos Correios na última terça-feira. “Mas ainda não está nada comprovado”, disse um assessor, que não quis se identificar.

Para o governador Gerardo Alquimim, depois deste episódio, as portas da Dasloo devem ser “sumariamente fechadas”. “Com muito trabalho, competência e planejamento, vamos tomar todas as atitudes cabíveis para que tudo seja solucionado rapidamente, assim como o governo do Peéssedebê tem feito com a questão da Febem”.

*Nosso repórter viajou a São Paulo com todas as despesas pagas pela tesouraria do Petê.

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