Construção de estátua de Alan Greenspan no lugar da Catedral de Brasília ainda está incerta
Foi aprovada na Câmara a proposta de reforma encaminhada pelo Ministério da Fazenda que vai reformular o poder público federal, com a demolição de todos os ministérios e a construção de um mega-estacionamento ao redor do Congresso.
“Isso vai facilitar a vida dos lobistas que vão às compras no ‘Supermercado Sacolão do Poder’ [Nota da Redação – é como os corredores de Brasília chamam o Congresso]”, explicou o ministro da Fazenda, Anfônico Palófi.
“Muitos ministérios já funcionam informalmente como estacionamentos de verbas e projetos atualmente, nós só vamos organizar o esquema” disse algum Ministro do Planejamento (até o fechamento dessa edição a equipe de reportagem não foi capaz de apontar quem era o atual responsável pela pasta).
Com a reforma, 30% do orçamento da união será economizado e passará automaticamente para o altar do sacrifício do superávit primário e para o pagamento de juros da dívida. Além disso, o rendimento obtido com a cobrança do estacionamento será revertido para o recém-criado “Fundo Operacional de Desenvolvimento e Amparo Social” (FODAS), ligado à Procuradoria de Promoção da Imagem do Governo (PPIG).
A aprovação ocorreu em algum momento da semana passada, mas como todos os jornalistas de Brasília estavam cobrindo as CPIs, a reforma só foi revelada agora. Num esforço de jornalismo investigativo, A Primeira Vítima encontrou menções da aprovação da reforma em notícias da Agência Farsil, que um de nossos estagiários é forçado a ler periodicamente.
O placar da votação foi apertado: 1 voto a favor, e nenhum voto contra ou abstinência. Todos os outros deputados estavam em sessões da CPI, articulando apoio em seus estados ou foragidos. O único presente no momento da votação, o deputado Deu o Fim Netto (Pefelê-SP), sempre defendeu o “controle responsável dos gastos públicos”, e afirmou que estava presente na votação porque errou o caminho da CPI do Caralho a Quatro.
O projeto-relâmpago só não foi aprovado simultaneamente no Senado porque os dois senadores que estavam de bobeira no plenário jogando truco não concordaram com alguns pontos polêmicos da reforma, como a construção de uma estátua de Alan Greenspan no lugar da Catedral de Brasília e a instalação de pedágios nos corredores das salas dos congressistas. O debate foi deixado para ser um momento em que menos pessoas estejam prestando atenção, e deve ser retomada no período de eleições nacionais.
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Um comentário:
Adorei! Hehehe... :P
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