terça-feira, 6 de setembro de 2005

Lulla votará em radical para presidente do PT

Declaração pode dar novo rumo ao processo de eleições internas do partido

Colaboraram um repórter e uma vidente

Depois de passar três anos afastado dos assuntos internos do PeTê, o presidente Juiz Inácio Lulla da Selva decidiu mudar de estratégia e declarar apoio a um “radical” para a presidência do partido. Com isso, o Campo Autoritário, tendência pela qual concorrem os ex-ministros Zé Disseu e Ricardo Bezoinho, pode ser a grande derrotada no processo petista de eleições internas. Bezoinho esperava contar com o apoio velado do presidente.

“Eu não tenho medo”, teria dito Lulla, em um momento de descontração, debaixo da porta da sala de estar da Granja do Gordo. A frase é uma referência à campanha eleitoral de 2002, na qual uma atriz blobal aparecia na TV dizendo “ter medo” de Lulla eleger-se presidente. “Esqueceram que eu também sou filiado ao PeTê, e que posso votar nas eleições internas? Vou aproveitar e apoiar alguém que saiba falar grosso”, teria completado. Não ficou claro qual dos radicais Lulla deve apoiar. Mas, segundo interlocutores, essa informação pouco importa aos investidores, que sabem bem o que significa um radical.

Aos mesmo interlocutores, o presidente falou das tendências para 2006. Na visão de Lulla, os ternos claros devem voltar com tudo. Para o cardápio das recepções internacionais, o presidente decidiu trocar a caipirinha por suco de pêssego. O presidente estaria bastante satisfeito com o país, e não se arrepende de nada. Gostaria, apenas, de poder andar um pouco mais a cavalo.

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