domingo, 8 de março de 2015

Pouca vergonha na Petrobrax começou com patrocínio ao Flamengo, lembra Garrincha

A Primeira Vítima não gosta de teoria da conspiração, porque de teórica essa conspiração não tem nada
DA GEMA

O escândalo na Petrobráx não começou no atual desgoverno, nem no do Lulla, nem no do Dotô Cardozo. No dia 8 de abril de 1984, o Flamengo entrou em campo, pela primeira vez, com patrocínio na camisa. O jogo foi contra o América, pelo Campeonato Brasileiro, no Maracanã. Em meio à camisa rubro-negro, uma faixa amarela anunciava: Lubrás.

Nunca uma parceria durará tanto no futebol brasileiro quanto a do time com a empresa, que exibiu a si e a seus produtos no umbigo do mengo por 15 longos anos. Dizem que, no fim, foi o pré-sal que assustou os flamenguistas, que sempre defenderam que churrasco se faz mesmo é com sal grosso, e só. Dizem também que era o governo que mandava colocar dinheiro no Flamengo, para o povo não se revoltar ainda mais. Mas a verdade é que o fim da parceria, em 2009, começou a desagradar muita gente. Inclusive uns doleiros e delatores que resolveram colocar a boca no trombone e o trombone no ventilador (ou não seria a boca?) durante as eleições presidenciais de 2014.

Agora o leitor para e pensa: por que uma empresa estatal investiria no time mais caro do país, então saído do auge das suas conquistas com Zzico? Por que exibir um lubrificante na camisa?

Sim, sabemos, os vascaínos vão logo encontrar motivos para essa intensa relação entre o Flamengo e a lubrificação. Mas o fato é que em 1984 a Petrobrás tinha Tim Maia (assista aqui: http://www.google.ch/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=3&ved=0CDIQtwIwAg&url=http%3A%2F%2Fwww.youtube.com%2Fwatch%3Fv%3Du54YHOX-xKE&ei=OPH7VOz_J4fMOruMgNgJ&usg=AFQjCNG-0N6FEv1g7pu_jDOlsMPem8zlbQ&bvm=bv.87611401,d.ZWU).

Mais do que isso: a lubrax tinha um market share que não justificava esse investimento.

Foi desvio. Foi lavagem. Já ouvi que foi um jeito de arrumar dinheiro para uma certa emissora de TV, sem dizer. Mas, em entrevista recente, Garrincha contou-me que foi mesmo é a maior pouca vergonha, na cara do futebol brasileiro.

A Primeira Vítima ouviu de fonte segura que um dos melhores engenheiros da empresa, botafoguense, pediu demissão naquele ano: desapontado. Sem ele, a Petrobrax levou uma década até encontrar petróleo por baixo do sal grosso dos paulistas e cariocas (quem faz churrasco sabe que era meio óbvio, vai?).

Mas o melhor da história vem agora: quem gosta de futebol lembra que apenas um time interrompeu aquele rompante flamenguista do começo dos anos 80, e esse time foi o Grêmio.


Agora, a pergunta de um milhão de Reais: Como chamava mesmo o lateral direito do Grêmio, Campeão Brasileiro de 1981?

Paulo Roberto Costa.

Um comentário:

Anônimo disse...

O nome desse lateral não era Dadá Maravilha?!?