DA GEMA
O
escândalo na Petrobráx não começou no atual desgoverno, nem no do
Lulla, nem no do Dotô Cardozo. No dia 8 de abril de 1984, o
Flamengo entrou em campo, pela primeira vez, com patrocínio na
camisa. O jogo foi contra o América, pelo Campeonato Brasileiro, no
Maracanã. Em meio à camisa rubro-negro, uma faixa amarela anunciava:
Lubrás.
Nunca
uma parceria durará tanto no futebol brasileiro quanto a do time com
a empresa, que exibiu a si e a seus produtos no umbigo do mengo por 15 longos
anos. Dizem que, no fim, foi o pré-sal que assustou os
flamenguistas, que sempre defenderam que churrasco se faz mesmo é
com sal grosso, e só. Dizem também que era o governo que mandava
colocar dinheiro no Flamengo, para o povo não se revoltar ainda
mais. Mas a verdade é que o fim da parceria, em 2009, começou a
desagradar muita gente. Inclusive uns doleiros e delatores que
resolveram colocar a boca no trombone e o trombone no ventilador (ou
não seria a boca?) durante as eleições presidenciais de 2014.
Agora
o leitor para e pensa: por que uma empresa estatal investiria no time
mais caro do país, então saído do auge das suas conquistas com
Zzico? Por que exibir um lubrificante na camisa?
Sim,
sabemos, os vascaínos vão logo encontrar motivos para essa intensa
relação entre o Flamengo e a lubrificação. Mas o fato é que em
1984 a Petrobrás tinha Tim Maia (assista aqui:
http://www.google.ch/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=3&ved=0CDIQtwIwAg&url=http%3A%2F%2Fwww.youtube.com%2Fwatch%3Fv%3Du54YHOX-xKE&ei=OPH7VOz_J4fMOruMgNgJ&usg=AFQjCNG-0N6FEv1g7pu_jDOlsMPem8zlbQ&bvm=bv.87611401,d.ZWU).
Mais
do que isso: a lubrax tinha um market share que não justificava esse
investimento.
Foi
desvio. Foi lavagem. Já ouvi que foi um jeito de arrumar dinheiro
para uma certa emissora de TV, sem dizer. Mas, em entrevista recente,
Garrincha contou-me que foi mesmo é a maior pouca vergonha, na cara
do futebol brasileiro.
A
Primeira Vítima ouviu de fonte segura que um dos melhores
engenheiros da empresa, botafoguense, pediu demissão naquele
ano: desapontado. Sem ele, a Petrobrax levou uma década até
encontrar petróleo por baixo do sal grosso dos paulistas e cariocas (quem faz
churrasco sabe que era meio óbvio, vai?).
Mas
o melhor da história vem agora: quem gosta de futebol lembra que
apenas um time interrompeu aquele rompante flamenguista do começo
dos anos 80, e esse time foi o Grêmio.
Agora,
a pergunta de um milhão de Reais: Como chamava mesmo o lateral
direito do Grêmio, Campeão Brasileiro de 1981?
Paulo
Roberto Costa.
Um comentário:
O nome desse lateral não era Dadá Maravilha?!?
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